A WEG S.A. acaba de anunciar que firmou contrato com a Aliança Energia para o fornecimento de 43 aerogeradores de 4,2 MW, modelo que acaba de ser lançado pela empresa no mercado. Os equipamentos serão fornecidos para a construção de quatro parques eólicos, totalizando 180,6 megawatts (MW) de capacidade instalada e faturamento de aproximadamente R$ 590 milhões.
Trata-se de um aerogerador de 4.0 MW de potência e 147 m de diâmetro de rotor. “Diferentemente de outros fabricantes, o AGW147/4.0 usa-se de tecnologia de acionamento direto (também chamada de direct drive ou de gearless) que dispensa a caixa de engrenagens principal (gearbox), fazendo com que o aerogerador WEG seja mais confiável e aumente a disponibilidade para operação, além de ter manutenção simplificada e mais ágil”, comenta João Paulo Gualberto Silva, diretor Superintendente da WEG Energia.
Além disso, este aerogerador é projetado para as condições de vento e climáticas do Brasil (projeto “tropicalizado”) e conta com a cadeia de fornecimento WEG, fortemente verticalizada, o que assegura a qualidade e tempo de entrega dos equipamentos.
De acordo com um comunicado da companhia, as entregas desses aerogeradores devem começar em 2021 e terminar em 2022. O contrato também prevê serviços de logística, montagem e comissionamento, além de operação e manutenção.
A Aliança Energia já é parceira da WEG de longa data. Em 2015 a WEG forneceu os aerogeradores para o Complexo Eólico Santo Inácio, controlado pela Aliança Energia.
“Esse novo contrato vem solidificar essa parceria, reiterando a preferência e a confiança do cliente nos produtos e serviços da companhia”, explica o diretor Superintendente da WEG Energia. Ele também destaca que o novo contrato marca o lançamento aerogerador de 4,2 MW no mercado.
A Aliança tem sete usinas hidrelétricas em Minas Gerais e o Complexo Eólico Santo Inácio, localizado em Icapuí, no estado do Ceará, em operação comercial em dezembro de 2017, com capacidade instalada de 98,7 MW de energia elétrica.
Em dezembro, a companhia anunciou dois novos parques eólicos – o Projeto Gravier, no Ceará, e o Complexo Eólico Acauã, no Rio Grande do Norte -, que somarão investimento de R$ 784 milhões.
Em energias renováveis, a WEG também atua fortemente no mercado de energia solar, considerada uma das grandes playeres no fornecimento de usinas solares no Brasil. Desde 2016, quando a companhia assinou seu primeiro contrato de fornecimento na modalidade EPC (engineering, procurement and construction), já entregou quatro usinas solares no Nordeste: Coremas I, Coremas II, Angico e Malta (PB) e três estão em andamento: Esmeralda (PE), Sobrado (BA) e Coremas III (PB). Nesse período, a empresa forneceu capacidade de energia solar suficiente para abastecer mais de 200 mil residências no Nordeste do país.
Assim como no caso das eólicas, os contratos na área solar da WEG também incluem operação e manutenção e o fornecimento dos módulos, estruturas metálicas (trackers), inversores, transformadores, cubículos, subestações e toda a engenharia de integração e software aplicativo das usinas.
Segundo Silva, a expectativa para o desempenho do negócio solar é positiva para os próximos anos, inclusive na área de GTD da companhia. “O grande destaque dos últimos leilões foi para energia solar e estamos bastante otimistas com os novos projetos”, comenta.
De acordo com dados da companhia, a geração distribuída também faz parte do seu campo de atuação, voltada a pequenas usinas, indústrias, comércios e residências. A companhia já construiu três pequenas usinas em Minas Gerais, somando capacidade de potência de 10,37 MWp, uma no Rio de Janeiro, com 1,32 MWp, uma em São Paulo, com 1,267 MWp, três em Pernambuco, com 3,5 MWp, uma em Santa Catarina, com 3,0 MWp e outra no Mato Grosso, com 1,1 MWp. Apenas em 2018, a empresa já forneceu 4.000 sistemas solares aos clientes de geração distribuída.